Entre janeiro e outubro deste ano, a Bahia gerou 82,5 mil empregos, e a tendência é que a taxa de desemprego continue recuando em 2024. A projeção é da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), que divulgou nesta quinta-feira (21) a perspectiva para o próximo ano na Indústria.
Ao todo, o estado registrou 752.284 admissões e 669.688 desligamentos em 2023. Segundo a federação, os empregos gerados pelo setor industrial na Bahia devem fechar este ano no maior patamar da série histórica, com crescimento de cerca de 4,3%. O aumento se deve em grande parte aos segmentos de Construção Civil e pela indústria de Alimentos, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
Ainda segundo a RAIS, a Bahia é o sétimo estado em número de empregos formais no Brasil, além de ser o que mais emprega. Para o ano que vem, a expectativa da FIEB é que a geração de empregos formais continue em crescimento, mas em um ritmo mais lento.
Com a redução do desemprego, cresceram também os segmentos na Bahia este ano foram os de Alimentos (12,8%), Calçados (6,8%) e Bebidas (1,9%), que apresentaram o saldo mais positivo entre os setores industriais na Bahia.
Isso acontece porque, por serem itens básicos de consumo, seguem o desempenho da geração de empregos. Assim, conforme a renda da população cresce, esses segmentos crescerão junto. Para 2024, a expectativa é que o aumento continue, mas de maneira mais moderada, assim como a empregabilidade.
O que deve influenciar positivamente o cenário baiano em 2024 é também o Produto Interno Bruto (PIB), cuja estimativa é que apresente um crescimento de 1,7%, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entretanto, alguns pontos devem ser motivos de atenção.
“A taxa de juros ainda elevada e incertezas fiscais são pontos de atenção que podem afetar a indústria baiana, por conta de sua forte correlação com o desempenho da economia brasileira”, afirma o superintendente da FIEB, Vladson Menezes a Raquel Brito do jornal Correio.
Ainda conforme o jornal, apesar do ritmo de expansão menor, esse avanço beneficia segmentos como o de Alimentação, que tende a seguir o desempenho da economia nacional.