Em conversa com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), o relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), descartou a possibilidade de fatiar a matéria, como chegou a ser cogitado há algumas semanas. O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), também participou do encontro com os parlamentares, que ocorreu na noite de quarta-feira (29), na liderança do MDB do Senado.
De acordo com pessoas que acompanharam a conversa, Aguinaldo também indicou conforme Julia Lindner e Caetano Tonet, do jornal Valor, que deve fazer apenas ajustes pontuais na versão que veio do Senado.
A expectativa no Congresso Nacional é que a reforma tributária seja aprovada pela Câmara na semana do dia 11 de dezembro. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem participado ativamente das conversas com os relatores das duas Casa para chegar a um entendimento.
Na quinta-feira, Braga e Aguinaldo tiveram uma reunião no Senado para tratar do texto. No mesmo dia, Lira falou com os dois por telefone. Na próxima segunda (4), os três devem ter um encontro presencial, antes de o presidente da Câmara viajar ao exterior.
Integrantes da base aliada na Câmara também avaliam apensar a PEC a outras propostas semelhantes mais antigas. A manobra permitiria agilizar a tramitação já que os projetos mais antigos já passaram em comissões e poderiam ir direto para análise em plenário.
A pauta da Câmara neste fim de ano está congestionada: a prioridade da Casa é a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que disciplinará a execução de um Orçamento estratégico para um ano eleitoral como o de 2024.