Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) recebeu, na semana passada, um ofício do ministro da Justiça, Flávio Dino, que apelava para que ele marcasse uma reunião ampliada, no plenário principal da Casa.
Alvo de muitos pedidos de convocação para falar sobre crise na segurança e outros escândalos envolvendo sua área, Dino argumentou que se sentia inseguro para comparecer a reuniões de comissões da Câmara, realizadas em plenários menores nos anexos do Legislativo.
Para Dino, seria melhor falar no plenário principal e já atender a todos os pedidos de esclarecimento, encerrando a questão. Lira, antes de atender ao pedido do ministro, deu um conselho de quem entende a Câmara.
Alvo prioritário da oposição por sempre viver batendo boca com bolsonaristas, Dino ficaria ainda mais exposto se fosse falar no plenário principal, diante de todos os deputados. Numa comissão, com público menor, seria mais fácil controlar. Em outras palavras, a sessão no plenário principal, como queria Dino, teria forte risco de virar um circo para a oposição acuar o ministro.
Apesar do alerta, Dino insistiu segundo a coluna de Robson Bonin, na Veja, em falar para toda a Câmara e a sessão foi marcada para o início de dezembro.