O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou nesta segunda-feira (20) que levará entre 18 e 24 meses para conter a inflação de seu país, na casa dos 140% anuais.
Em entrevista à rádio argentina Continental, a primeira sobre seu futuro governo após ser eleito no domingo (19), Milei confirmou também que levará adiante o plano para fechar o Banco Central e dolarizar a economia, duas das principais e mais polêmicas propostas de sua campanha.
“Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar (a economia) é uma maneira de nos livramos do Banco Central”, declarou. Milei, no entanto, propôs que a moeda adotada por seu governo “seja aquela escolhida pelos indivíduos”.
Na entrevista, o ultraliberal disse também que, por enquanto, manterá a taxa de câmbio e não levantará a limitação ao estoque de dólar de bancos do país, imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, para controlar o saldo da moeda norte-americana.
“Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq (a taxa básica de juros do país. Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque se for assim a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo”, disse.