O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou que articula a saída de Jean Paul Prates, da presidência da Petrobras. A informação foi publicada pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Segundo a publicação, Rui estaria tentando emplacar no lugar de Prates seu homem de confiança e secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, que também já foi secretário de Infraestrutura da Bahia em sua gestão como governador do estado.
O ex-governador da Bahia usou o X, antigo Twitter, para rebater a matéria. “Apesar de ser citado nesta matéria, quero informar que não fui procurado e nem ouvido antes da publicação. As informações citadas com meu nome não são verdadeiras”, publicou.
Apesar de ser citado nesta matéria, quero informar que não fui procurado e nem ouvido antes da publicação. As informações citadas com meu nome não são verdadeiras.
— Rui Costa (@costa_rui) November 20, 2023
Ainda de acordo com a jornalista, a iniciativa do ministro é mais um lance da disputa pelo controle dos rumos da Petrobras, que opõe Prates a Costa e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O fato de Costa já estar até apresentando alternativas a Lula é um sinal de que ele acredita que Prates está politicamente fraco e pode acabar caindo em breve.
O próprio Prates já teria detectado a movimentação, tanto que vem procurando os conselheiros que representam os acionistas minoritários para tentar forjar uma aliança, na tentativa de resistir no cargo. Hoje o governo tem seis dos onze votos no conselho, mas três são diretamente ligados a Silveira.
No final de semana, o presidente da Petrobras chegou inclusive a convidar alguns minoritários para um jantar na próxima noite anterior à votação do plano estratégico da companhia na reunião do conselho, prometendo esclarecer questões sobre as quais esses conselheiros ainda tem dúvidas.
Prates aposta que os minoritários podem preferir apoiá-lo a aceitar que o governo nomeie um novo presidente que vá atropelá-los nas votações sem qualquer possibilidade de diálogo.