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domingo 19 de novembro de 2023 às 20:28h

Quem é Javier Milei, novo presidente da Argentina

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Javier Milei, do partido Liberdade Avança, surpreendeu mais uma vez e foi eleito neste domingo (19) o próximo presidente a ocupar a Casa Rosada – sede do Poder Executivo na Argentina. Mas superada a campanha mais polarizada e disputada da história recente no país, Milei ainda terá que lidar com o desafio de implementar uma agenda ousada na economia e também nos costumes.

Milei, de 53 anos, é economista e possui uma trajetória meteórica na política. Após uma extensa carreira como professor universitário e consultor econômico, Milei começou em 2018 a aparecer com frequência nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como ele mesmo costuma dizer. Sempre com opiniões consideradas polêmicas, foi ganhando espaço entre representantes da direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, que o apoiam publicamente nesta eleição.

As opiniões controversas, inclusive, não são poucas. Milei, que se considera um anarco-capitalismo já se opos ao aborto, inclusive em casos de estupro, rejeitou a inclusão de educação sexual nas escolas, expressou ceticismo sobre vacinas contra a Covid-19,

e apoiou a venda e distribuição de armas de fogo para a população civil. Uma das posições mais polêmicas até então foi a de legalização de comércio de órgãos.

Após várias aparições na mídia e com um apoio cada vez mais explícito nas ruas da Argentina, conquistou, em 2021, o cargo de deputado federal.

Propostas e desafios

O principal mote da campanha de Milei é a “dolarização da economia”, para substituir o peso pelo dólar. Na América do Sul, o modelo já é adotado pelo Equador. A medida é vista com ceticismo por economistas.

Ainda no campo da economia, o novo presidente argentino propôs a “dinamitar” o Banco Central, acabando com a instituição responsável pela política monetária da Argentina. O desafio é impor essa agenda na economia diante de um cenário absolutamente desfavorável. Há décadas o país vizinho sofre com uma crise econômica que envolve inflação e juros exorbitantes, altos níveis de pobreza, forte desvalorização cambial e a falta de reservas.

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