O último debate dos candidatos à Presidência da Argentina virou uma nova batalha de disputa entre políticos brasileiros. Na noite deste último domingo (12), o nome da esquerda e do peronismo, Sergio Massa, e o presidenciável da extrema-direita, Javier Milei, debateram ideias antes do segundo turno das eleições, que ocorre no próximo domingo (19).
Na ocasião, os dois expressaram seus pontos de vista acerca de temas como economia, relações internacionais, educação e saúde. De modo geral, a avaliação foi de que este último encontro teve um maior protagonismo de Massa, que conseguiu emplacar sua campanha negativa contra o seu adversário. Esta opinião foi, inclusive, respaldada por nomes associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do antigo governo, Fábio Wajngarten, fez uma série de postagens em seu perfil no X (antigo Twitter). Avesso às propostas do candidato que representa a esquerda, o bolsonarista reconheceu que a equipe digital do Massa fez boas estratégias ao conciliar a mídia da TV aberta com as redes sociais. “Estão postando as falas anteriores do Milei para mostrar eventuais contradições”, disse.
Em outro post, Wajngarten afirmou que Milei estava “caindo na armadilha” e precisava “sair da defensiva” e começar a questionar seu adversário. “Além disso tem que esquecer o palco e olhar para a câmera. Quem vota tá em casa e não no palco”, opinou.
Entre os parlamentares da base de Lula (PT), Massa foi aclamado. O deputado federal Lindbergh Farias (PT) afirmou que o peronista conseguiu deixar Milei “inerte” e que os anos de Bolsonaro no Brasil irão contribuir para derrotar a extrema-direita na Argentina: “Certamente vão olhar para o caos que foi produzido aqui no Brasil para escolher um caminho diferente para a Argentina com Massa neste segundo turno”, disse.
Como noticiou o Globo, a avaliação de analistas, meios de comunicação e fontes de ambas as campanhas, foi de que Massa conseguiu se impor sobre Milei. De um lado, os apoiadores de Milei atribuem o bom desempenho do peronista ao que chamam de “campanha do medo” e, também, à utilização de informação de inteligência. Do outro, os esquerdistas afirmam que a colaboração de assessores estrangeiros auxiliou na preparação de Massa.