Nos últimos meses têm se intensificado nos bastidores um pesado embate entre a Petrobras e os produtores de biodiesel. Desde abril, a mistura de biodiesel no diesel está em 12% do total, percentual que deve subir para 15% até 2026, o que é um avanço em termos de matriz energética limpa.
A Petrobras tem segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, atuado fortemente para convencer a opinião pública e autoridades que parte desse percentual de biodiesel adicionado ao diesel seja substituído pelo chamado Diesel RX, produzido pela estatal e no qual ela promete investir R$ 3 bilhões para adaptar suas refinarias para sua fabricação.
Os produtores de biodiesel, no entanto, não estão satisfeitos. Explicam que o biodiesel é produzido partir de fontes renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais, o que leva a diversas vantagens em termos de sustentabilidade, como ser menos poluente do que os derivados de petróleo. E que o Diesel RX é originado de 95% de matéria-prima fóssil.
João Paulo Madruga, gerente-executivo de Relações Institucionais da Petrobras já esteve reunido na Casa Civil com Rui Costa defendendo que o aumento previsto de teor de biodiesel no diesel seja revisto, pois cada ponto percentual a mais significaria uma perda de mercado de diesel da Petrobras.