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O chefe dos Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, fala com a mídia no ponto de passagem de Rafah para Gaza - Foto: Ohchr
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quinta-feira 9 de novembro de 2023 às 07:35h

Israel-Palestina: chefe de Direitos Humanos aponta crimes de guerra dos dois lados do conflito

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Na passagem de Rafah, Egito, alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, abordou atrocidades cometidas por grupos armados palestinos e “punição coletiva” imposta por Israel; ele falou do sofrimento vivido por famílias israelenses e palestinas.

Em visita ao Oriente Médio, o alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, afirmou que a passagem fronteiriça de Rafah tem sido “um símbolo para a sobrevivência” de mais de 2,3 milhões de pessoas em Gaza no último mês.

No local, Turk afirmou que ali estão “os portões para um pesadelo vivo”.

Assista:

Atrocidades contra civis e evacuações forçadas

O chefe de Direitos Humanos disse que do outro lado da passagem está Gaza, “muitas vezes descrita como a maior prisão a céu aberto do mundo, sob 56 anos de ocupação e 16 de bloqueio imposto por Israel”.

Ele ressaltou que as pessoas no enclave estão sendo sufocadas por bombardeios persistentes e desesperadas em busca de água, comida, eletricidade e combustível.

Turk afirmou também que as atrocidades cometidas por grupos armados palestinos em 7 de outubro “são crimes de guerra, bem como a manutenção de reféns em cativeiro”.

Ele classificou como crimes de guerra a “punição coletiva” de Israel contra o povo palestino” e a “evacuação forçada e ilegal de civis”.

Três imperativos de direitos humanos

O alto comissário da ONU fez referência ao “imenso sofrimento de cada pessoa que perdeu entes queridos, seja num kibutz ou num campo de refugiados palestinos”.

Turk pediu para que as partes cheguem a um acordo sobre um cessar-fogo, para que três imperativos críticos de direitos humanos sejam cumpridos simultaneamente.

Esses imperativos são a entrada de ajuda suficiente em Gaza para atender todas as necessidades humanitárias, a libertação de todos os reféns detidos desde 7 de outubro e um processo político para acabar com a ocupação e assegurar às partes do conflito o direito à autodeterminação.

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