É claro que os papas levam vidas confortáveis: alimentação, habitações e viagens são todos (muito bem) pagos pelo Vaticano
Conforme matéria de Bruno Vaiano, da revista Super Interessante, ele não recebe nenhum salário. Em 2001, ainda no papado de João Paulo II, um porta-voz do Vaticano declarou ao New York Times que o pontífice “não recebe, e nunca recebeu, nenhum salário”.
O Papa Francisco, por sua vez, é um jesuíta – e o voto de pobreza é um aspecto central da doutrina da Companhia de Jesus. Ele não poderia aceitar salário nem que houvesse um.
Em um longo livro-entrevista, em que respondeu a 200 perguntas de católicos do mundo todo, Jorge Bergoglio disse: “Não ganho nada, nada de nada! Me dão de comer, e se eu precisar de alguma coisa, eu peço”.
É claro que os papas levam vidas confortáveis: alimentação, habitações e viagens são todos (muito bem) pagos pelo Vaticano. E eles têm autonomia para gastar uma poupança milionária, o óbolo de São Pedro, abastecido com doações e usado para ajudar pessoas afetadas por desastres naturais e outros necessitados mundo afora.
Joseph Ratzinger, o Bento XVI, foi o primeiro papa a renunciar voluntariamente desde 1294. Por isso, não havia protocolo para lidar com a situação. Ele manteve residência no Vaticano e foi sustentado pela Igreja até sua morte, em 2022.