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Governador do Paraná, Ratinho Júnior Rodrigo Felix Leal/AEN
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sexta-feira 20 de outubro de 2023 às 05:49h

Ratinho Júnior defende banco de fomento para Sul-Sudeste e rivalizar com Nordeste

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), citou nesta última quinta-feira (19) em encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), a possibilidade de o grupo criar um banco de fomento próprio. Ratinho Júnior também defendeu que agora o Cosud é um “grande bloco” que pode ter protagonismo em temas de infraestrutura, energia e sustentabilidade.

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também participaram do evento, defenderam o investimento em órgãos de monitoramento e resposta a condições climáticas, além de um “emprego mais racional dos recursos” para responder a esse tipo de problema.

“Muitas vezes países que não fizeram o dever de casa apontam para nós” afirmou Ratinho Júnior. Também foi sugerido, pela vice-governadora de Santa Catarina, Marilisa Boehm (PSD), a criação de um fundo emergencial para problemas climáticos.

Em meio a tragédias nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina nos últimos meses, os governadores concentraram seus discursos principalmente na necessidade de se construir políticas públicas conjuntas para lidar com o tema.

Fala de Zema dificultou aprovação de frente

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado, afirmou, em discurso na abertura do encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), na capital paulista, que a fala de Romeu Zema (Novo) ao Estadão sobre unidades federativas do Nordeste serem “vaquinhas que produzem pouco” tornou mais difícil a aprovação da adesão de São Paulo ao grupo.

Apesar disso, ele enfatizou que Zema foi “mal interpretado” e exaltou o papel dos deputados paulistas que, mesmo diante da dificuldade, conseguiram aprovar o texto. O mesmo se deu nos demais Estados que participam do Cosud, possibilitando a formalização do grupo. Além de André do Prado, e de Zema, falaram na abertura o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a vice-governadora Maralisa Boehm, e os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Queria dizer que por algum momento esse projeto tramitou na Assembleia, eu acharia que seria uma votação tranquila diante da importância desse instrumento jurídico para alinhar os Estados do Sul e Sudeste e infelizmente isso não aconteceu na Assembleia. Foi um debate intenso, diante de uma pronúncia do nosso governador Zema em Minas gerais que foi mal interpretada. Todo nós sabemos que foi mal interpretada e todos nós sabemos a intenção do nosso governador Zema, que era integrar todos esses Estados”, argumentou André do Prado.

Da plateia, Zema conversava ao pé do ouvido com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no momento da fala de André do Prado. Depois, em seu discurso, citando André do Prado, ele reforçou: “Nós estamos aqui para somar e não para dividir. Esses 7 estados têm o maior interesse que esse país avance. E são os estados que mais podem contribuir. Tanto pelo que representam de população, 119 milhões, como também pelo que representam de produção”. Zema afirmou que “o Brasil vai dar certo e o Cosud vai contribuir muito”.

Em agosto, em entrevista ao Estadão, Zema anunciou a criação da frente Sul-Sudeste para disputar protagonismo com o Nordeste. Na ocasião, chamou os estados da região de “vaquinhas que produzem pouco”. Isso gerou uma enorme reação de governadores e políticos do Nordeste e forte crítica nas redes sociais.

“Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento. É preciso tratar a todos da mesma forma”, disse Zema na entrevista ao Estadão.

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