O aplicativo para agilizar o bloqueio de celulares furtados, roubados ou perdidos, em estudo no Ministério da Justiça e Segurança Pública, deve permitir ao usuário o cadastro de uma pessoa de confiança que teria autorização para desativar o aparelho no lugar dela, caso isso seja necessário.
A informação é do ministro da Justiça Flávio Dino. De acordo com ele, o bloqueio seria feito pelo aplicativo instalado no celular dessa pessoa de confiança, pelo telefone de um terceiro, ou então por meio de um computador. Para garantir segurança à operação, seria exigida autenticação por meio da plataforma gov.br, informou Fabio Amato, da TV Globo.
Além do ministério, a discussão sobre o aplicativo envolve a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), operadoras de telefonia e até mesmo empresas como Google e Meta.
Dino informou que a previsão é que a plataforma entre em funcionamento em novembro.
Comando único
O ministro da Justiça informou ainda que, pela proposta, o aplicativo contaria com um comando único que, ao ser pressionado comunicaria:
- A Anatel e as operadoras, que fariam o bloqueio do celular, e assim impediriam que o aparelho seja usado para ligações ou acesse a rede móvel;
- A Febraban e os bancos, que suspenderiam o acesso às contas do usuário por meio de internet, o que dificultaria transferências via PIX, por exemplo, e reduziria as chances de prejuízos financeiros à vítima;
- O Ministério da Justiça que informaria à polícia local sobre o crime.
Atualmente, já é possível bloquear o celular através de contato com a operadora ou, em alguns estados, ao registrar boletim de ocorrência. O bloqueio desativa a linha e impede que o aparelho acesse as redes de telefonia celular no país.
A Anatel informou que espera que o aplicativo desenvolvido pelo ministério torne o bloqueio de celulares “mais acessível e simples a toda a população”.
De acordo com a Anatel, desde 2020 cerca de 3,2 milhões de aparelhos celulares foram bloqueados no país.