Dois cidadãos suecos foram mortos a tiros por um homem em Bruxelas nesta segunda-feira (16). O atirador fugiu, e estações de metrô na cidade foram fechadas pelas autoridades.
O ataque aconteceu por volta das 19h15, no horário local, na região central da capital belga. A seleção masculina de futebol da Suécia estava jogando contra a equipe belga na cidade, e o jogo foi suspenso no intervalo.
A Bélgica elevou seu alerta de terrorismo ao nível máximo na capital após o ataque. “Nossos pensamentos estão com amigos e familiares que perderam seus entes queridos” disse o premiê belga, Alexander De Croo, em publicação no X (ex-Twitter). Ele também enviou condolências ao premiê sueco e afirmou que “a luta contra o terrorismo é uma luta conjunta”.
O premiê disse que acompanhava o caso com ministros da Justiça e de Assuntos Internos e pediu aos residentes da capital que ficassem vigilantes. O ministro do interior da França, Gérald Darmanin, anunciou reforço nas fronteiras entre os dois países.
Em visita à Albânia, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que Bruxelas foi novamente atingida por “um ataque terrorista islâmico” e que “a Europa está abalada”.
A presidente Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solidarizou-se com as famílias das vítimas e chamou ataque “atentado abjeto”. “Meu apoio absoluto às forças policiais belgas para que detenham rapidamente o suspeito. Estamos unidos contra o terror”, publicou Von der Leyen em seu perfil no X.
O atentado ocorre poucos dias após um homem invadir uma escola na cidade de Arras, na França, e matar a facadas um professor de língua francesa. O ataque, na sexta, deixou outro professor e um segurança do local feridos -o homem foi preso. O Museu do Louvre e o Palácio de Versalhes fecharam as portas no sábado (14) devido a ameaças de bomba.
O autor teria gritado “Allahu Akbar” (Alá é grande, em árabe), disseram membros da prefeitura e da polícia à agência de notícias AFP. Segundo a polícia, o homem é de origem tchetchena e já é conhecido por órgãos de segurança pelo envolvimento com o islamismo radical.
Relatos de testemunhas ouvidos pela imprensa local em Bruxelas dão conta de que o agressor desta segunda-feira também gritou a frase ao cometer os assassinatos. Um vídeo nas redes sociais, não confirmado pelas autoridades, mostra o ataque -outro, o homem que teria cometido o ataque falando em árabe.