Macron voltou a condenar firmemente os “ataques terroristas” e afirmar seu apoio ao Estado hebreu.
“A França nunca abandona seus filhos”, disse Macron sobre os 17 franceses desaparecidos, entre eles quatro crianças, que podem estar nas mãos do Hamas. “A França está fazendo tudo para fazer os reféns voltarem sãos e salvos”, disse. Além dos reféns, 13 franceses morreram nos ataques em Israel.
“Desde os atentados de Nice, em 2016, que tantos franceses não tinham sido assassinados por terroristas”, lembrou o chefe de Estado, se referindo ao ataque terrorista de 14 de julho, na cidade do sul da França, quando 87 pessoas morreram e 434 ficaram feridas.
“Israel tem o direito de se defender eliminando os grupos terroristas como o Hamas”, afirmou, mas “preservando as populações civis”.
Ele repetiu que o Hamas é um grupo terrorista que não deve ser confundido com o povo palestino, dizendo que esta era uma guerra “entre terroristas” e uma “nação” com “valores democráticos. Os que “confundem a causa palestina e a justificativa do terrorismo” estão “errados”, defendeu Macron.
O presidente francês insistiu na necessidade de impedir a extensão da guerra aos países da região, sobretudo ao Líbano.
Temores de manifestações antissemitas
Desde os ataques do Hamas em Israel, a França vive um aumento de atos antissemitas que preocupa o governo francês.
O ministro do Interior Gérald Darmanin ordenou a proibição de todas as manifestações pró-Palestina na França em um telegrama enviado aos secretários de segurança pública dentro do território francês, nesta quinta-feira (12).
De acordo com o texto, estas manifestações podem “gerar perturbações da ordem pública”, pedindo que eventuais organizadores “sejam detidos”.
Duas manifestações deveriam acontecer em Paris já haviam sido proibidas pela Secretaria de Segurança Pública da capital francesa.