Entraves burocráticos são desafios para a repatriação dos brasileiros no Oriente Médio. Por conta das dificuldades, a previsão é de que o avião saia até terça-feira (10).
Há casos de brasileiros com passaportes vencidos, que precisarão ser regularizados. Também não há clareza sobre a situação daqueles com dupla nacionalidade, que podem ser convocados para a guerra.
Além disso, é necessário aguardar a chegada dos cidadãos a Tel Aviv, de onde partirá o avião, com Israel em uma situação conflagrada.
A operação de repatriação de brasileiros que estão na área de conflito contará com seis aeronaves. A primeira sai ainda neste domingo (8) de Natal (RN) para a Itália, onde ficará aguardando orientações.
O plano foi montado ainda no sábado (7), em uma reunião no final da tarde no Comando da Marinha em Brasília.
O comandante Marcelo Kanitz Damasceno estava com o ministro da Defesa, José Múcio, em deslocamento para a Suécia, onde negociariam a venda das aeronaves Embraer C-390 Millennium. Por decisão de ambos, retornaram ao Brasil quando chegaram em Cabo Verde, ao serem informados do início dos ataques.
Em coletiva neste domingo no Itamaraty, Damasceno afirmou que a lista de passageiros deve ser fechada até segunda pela manhã. O avião, da Itália, será acionado assim que houver brasileiros suficientes para lotar a aeronave. No melhor cenário, eles já decolam durante a tarde.
Além da tripulação de voo, o governo brasileiro também deve enviar médicos e psicólogos para dar assistência aos brasileiros removidos.