A Bahia é líder de assassinatos nos últimos oito anos no país, com registro de pelo menos 49,5 mil homicídios entre 2015 e 2022
O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) voltou a rechaçar o que chamou de política de guerra às drogas implementada perpetuada pelo governo do PT na Bahia e mantida por Jerônimo Rodrigues.
Hilton afirmou aAlexandre Santos, do bahia.ba, que o discurso do “bandido bom é bandido morto” encontra eco no carlismo, representado na figura do ex-governador e ex-senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007).
“É preciso romper com essa lógica. Só quem sofre com essa guerra entre a polícia e as facções são os moradores das comunidades”, declarou o deputado, cujo partido acaba de romper com a gestão estadual. O principal motivo para a retirada do apoio do PSOL à gestão do PT é justamente a escalada da violência no estado.
A Bahia é líder de assassinatos nos últimos oito anos no país, com registro de pelo menos 49,5 mil homicídios entre 2015 e 2022. O número é 40% maior do que o do segundo colocado, o Rio de Janeiro, segundo dados do Ministério da Saúde.
A letalidade policial em solo baiano também explodiu no ano passado, com crescimento de 313%. Somente neste mês, mais 40 pessoas apontadas como suspeitas de crimes como homicídio e tráfico de drogas foram mortas pelas forças de segurança.
Na avaliação do Hilton, a intensificação de ações defendidas por Jerônimo —incluindo a possibilidade de intervenção federal— não dará resultado nem cessará a atuação do crime organizado. “Num estado em que muitos jovens estão fora da sala de aula, o debate que precisa ser feito é por outros caminhos, e não o da repressão policial”, afirmou o deputado.