A seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (5), uma nota de desagravo após um policiar militar dizer ao advogado José Reinaldo Vasconcelos Simões Pinheiro Filho que “advogado de vagabundo é vagabundo”. O caso ocorreu, nesta última quinta-feira (4), no município de Itaberaba, no centro norte baiano.
No boletim de ocorrência, a vítima contou que retornava da roça, onde deixou o seu cliente, quando foi parado por duas viaturas. Os PMs mandaram sair do carro e chegaram a agredi-lo com chutes. O advogado relatou, ainda, que ficou o tempo todo com um fuzil na cabeça.
Presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-BA, Adriano Batista, disse que exigirá a punição e o afastamento do PM que foi identificado como Kaillon Pereira. Na sessão desta sexta, Batista afirmou que “policial que age como bandido é bandido”.
“Hoje, advogado, se quiser se manter vivo, tem que baixar a cabeça para o policial, porque corre realmente o risco de ser alvejado ou de ser colocado no camburão. Isso depois de sofrer todo tipo de violência moral. Nós estamos cansados desta situação”, reclamou.
O presidente da OAB-BA, Fabricio Castro, informou que será realizado um ato na cidade contra a agressão sofrida pelo advogado. Castro disse, ainda, que um ofício será levado à corregedoria da PM para que o caso seja apurado. Já a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) emitiu nota de solidariedade aos policiais.