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Fernando Alfredo, presidente do diretório paulistano do PSDB — Foto: Divulgação/Diretório Municipal PSDB-SP
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terça-feira 19 de setembro de 2023 às 07:17h

Eleição interna aprofunda crise no PSDB e partido deve anular escolha da nova direção

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O PSDB estadual de São Paulo deve anular a convenção da capital paulista realizada no domingo (17), que reelegeu o presidente do diretório paulistano, Fernando Alfredo. Nesta semana, o partido deve nomear segundo Cristiane Agostine, do jornal Valor, uma comissão provisória para comandar a sigla na cidade e estuda punir, com a suspensão ou até a expulsão, o presidente reeleito.

A escolha do novo comando do PSDB da capital paulista aprofundou ainda mais a crise enfrentada pelo partido.

Há cerca de um mês, o PSDB estadual suspendeu a realização da convenção municipal na capital, marcada para 17 de setembro, depois de denúncias feitas por dois filiados contra o atual presidente do diretório paulistano. Os filiados acusaram Alfredo de promover filiação em massa no diretório e de suspender tucanos que não o apoiavam, para conseguir a reeleição na legenda. O presidente do diretório, no entanto, nega qualquer irregularidade e tem dito a aliados que é alvo de uma perseguição política.

Fernando Alfredo manteve a data da convenção municipal e recorreu à Justiça para realizar a eleição interna, mas não conseguiu uma decisão favorável. Mesmo assim, decidiu fazer a convenção e foi reeleito. Entre os integrantes da chapa eleita no domingo está Tomás Covas, filho do ex-prefeito Bruno Covas, morto em 2021.

Dirigentes do PSDB estadual e nacional não reconhecem as convenções zonais e municipal da cidade de São Paulo e devem indicar nos próximos dias novos dirigentes para o partido na capital paulista.

A comissão provisória deve ter um prazo de três meses para organizar uma nova eleição interna para escolher o comando do partido na cidade.

Eleições 2024

A briga dentro do PSDB paulistano pode ter impacto nos rumos do partido para as eleições de 2024. A exemplo do esvaziamento que a legenda tem enfrentado no interior, na capital o partido pode perder nomes fortes para a disputa municipal e reduzir o número de vereadores eleitos. Em 2020, PSDB e PT elegeram as maiores bancadas da Câmara Municipal, com oito vereadores cada.

Outro reflexo é sobre o apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo. O atual presidente da legenda defende uma aliança com o prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), mesmo se o partido não ficar com a vice. No entanto, uma parte do PSDB quer ter mais protagonismo em 2024 e exige indicar a vice em uma chapa ou lançar candidato próprio. Essa ala tucana tem negociado um eventual apoio à pré-candidata Tabata Amaral (PSB), que já ofereceu a vice ao PSDB.

Se esse grupo que pressiona por mais protagonismo assumir o comando do PSDB paulistano, o partido poderá não se aliar com Nunes. O atual prefeito foi eleito como vice na chapa de Bruno Covas em 2020 e assumiu com a morte do tucano, em maio de 2021.

Fernando Alfredo não quis se pronunciar sobre as críticas do PSDB estadual. Dirigentes do diretório municipal afirmaram que a convenção municipal seguiu o estatuto partidário e disseram que vão aguardar a decisão do estadual.

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