O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrará com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (20). A reunião bilateral vai ocorrer no período da tarde, no hotel do petista em Nova York, o Lotte New York Palace, confirmaram fontes do Planalto a revista Veja.
O encontro será Nova York, nos Estados Unidos, às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas. Lula abre a assembleia na terça-feira, 18, catorze anos depois de seu último discurso como chefe de Estado na sede da organização internacional.
Segundo o líder do governo no Senado, senador Jacques Wagner (PT-BA), Lula ofereceu dois horários para uma reunião com presidente Zelensky, que nesta segunda-feira confirmou sua participação.
A expectativa para o encontro era grande por parte de setores da comunidade internacional, principalmente da Casa Branca e de países da União Europeia. A reunião acontecerá após vários desencontros entre os dois chefes de Estado nos últimos meses.
Na cúpula do G7, no Japão, em maio, Zelensky havia pedido um encontro com Lula. O governo brasileiro disse que ofereceu alguns horários, com a informação de que o petista desmarcaria algum compromisso ou adiaria outros para priorizar o líder ucraniano.
No horário marcado, no entanto, Zelensky não apareceu, de acordo com a diplomacia brasileira. Depois, o presidente ucraniano disse que houve uma “incompatibilidade de agendas”.
Com um discurso focado no resgate da agenda dos países em desenvolvimento, Lula deve usar a Assembleia Geral como palco para voltar a reivindicar um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidos — desejo nutrido desde a fundação do organismo, na década de 1940.
O petista argumenta que, mais de um ano e meio após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o órgão fracassou na busca de soluções para a paz. Neste contexto, o governo Lula já se ofereceu como mediador, defendendo uma espécie de “clube de paz” com outras nações em desenvolvimento, como Índia, Indonésia e África do Sul.
Enquanto isso, o líder ucraniano deixou claro por diversas vezes que não aceitará planos de paz que não venham de Kiev, e que não incluam a exigência da manutenção da integridade territorial total de seu país.