A construção de usinas eólicas offshore, ou seja, em alto-mar, tem o potencial de aumentar em 3,6 vezes a capacidade energética do Brasil, apontou um estudo da Confederação Nacional das Indústrias divulgado na última terça-feira (12) no portal Metrópoles. A pesquisa destacou o Nordeste como a principal região para o desenvolvimento dessas usinas, que geram energia com a força do vento.
O documento afirmou que o Nordeste é, ainda, a área com menos pedidos de licenciamentos para a construção de parques eólicos em relação ao Sudeste e ao Sul do país. A CNI citou que, além da constância anual dos ventos, o Nordeste tem potencial para se tornar um hub de exportação de hidrogênio limpo, tendo em vista a proximidade com países do Hemisfério Norte.
Apesar de aumentarem a capacidade energética do país e serem fonte de energia limpa, as usinas eólicas offshore carecem de licenciamento ambiental. Até 30 de agosto, o Ibama contabilizava 78 pedidos de licenciamento, somando 189 GW de potência energética parada. O número se aproxima da capacidade total de energia já instalada no país e conectada ao Sistema Interligado Nacional, que é de 194 GW.
O estudo será lançado no evento da CNI “Diálogo Pré-COP28: o papel da indústria na agenda de clima”, que reunirá políticos e lideranças da ONU.