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segunda-feira 11 de setembro de 2023 às 18:34h

Postos de saúde em Salvador agora têm policiais armados

NOTÍCIAS, SAÚDE


Os serviços de saúde em Salvador enfrentam uma crise de segurança. Policiais armados estão sendo destacados para postos de saúde, enquanto unidades de atendimento suspendem suas atividades e funcionários pedem transferência, relata a Folha.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos sete unidades da rede municipal já interromperam o atendimento neste ano, seja por ocorrências dentro das próprias unidades, como assaltos, ou por episódios de violência nos arredores, como tiroteios.

Além disso, 13 postos tiveram o fim do expediente antecipado ou a suspensão do atendimento prolongada por mais de um dia. Isso aconteceu nas Unidades de Saúde da Família (USFs) do Alto das Pombas e do Calabar, bairros que registraram tiroteios recentemente. Naquela ocasião, as aulas foram suspensas em escolas e na UFBA (Universidade Federal da Bahia).

O Sindicato de Servidores Municipais (Sindseps) afirma que desde o início da pandemia têm sido recorrentes casos de arrombamento e agressões contra profissionais de saúde, mas a situação se agravou nos últimos meses. O diretor do Sindseps, Bruno Carianha, relata um aumento no número de assaltos, arrastões e furtos nas unidades de saúde.

Segundo levantamento do sindicato, ocorreram pelo menos 20 casos de assalto, arrombamento e agressão contra profissionais em unidades de saúde em Salvador este ano. Em agosto, houve até uma tentativa de feminicídio na Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Matos, no bairro turístico do Rio Vermelho, onde um homem armado atirou contra uma paciente na entrada da unidade.

Em resposta à crise, PMs e agentes da Guarda Civil municipal estão sendo deslocados para garantir a segurança em alguns postos de saúde. Atualmente, estima-se que os policiais e guardas civis estejam presentes em 30 a 50 postos de saúde da capital baiana, de um total de 160.

Profissionais de saúde também têm sido afetados pela falta de segurança, e muitos estão pedindo transferência. Segundo o Sindseps, há uma evasão de profissionais das áreas periféricas de Salvador, que buscam trabalhar em regiões mais centrais da cidade. Além disso, diz o sindicato, muitos têm adoecido com problemas psiquiátricos e psicológicos.

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