Entre os 20% que simpatizam com algum partido, 15% citam a legenda comandada por Valdemar Costa Neto
Segundo Bianca Gomes, do jornal O Globo, o PT é o partido que mais tem a simpatia dos brasileiros, revela a nova edição da pesquisa “A Cara da Democracia”, feita pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT) com financiamento do CNPq. Entre os eleitores que têm preferência por algum partido, 65% dizem se identificar com a legenda do presidente Lula, informa publicação.
Em segundo lugar está o PL, que caiu mais no gosto da população após filiação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A mudança é perceptível: entre os 20% que simpatizam com algum partido, 15% citam a legenda comandada por Valdemar Costa Neto, percentual que estava em 9% na edição da pesquisa do ano passado.
O MDB de Simone Tebet, terceira colocada na disputa presidencial e hoje ministra do Planejamento e Orçamento de Lula, é o preferido de 3% — patamar que oscilou dois pontos para baixo, dentro da margem de erro. O PSDB, que definhou na última eleição e abriu mão de lançar candidato próprio ao Planalto, também oscilou para baixo, de 3% para 1%, se juntando a partidos como PCdoB e PDT. Veja a lista dos partidos que têm mais ou menos a simpatia do brasileiro:
- PT: 65%
- PL: 15
- Outro: 4%
- MDB: 3%
- Não sabe: 3%
- PSOL: 2%
- PSDB: 1%
- PDT: 1%
- PCdoB: 1%
- PSDB: 1%
- PP: 1%
- Republicanos: 1%
A popularidade, porém, tem seu preço: segundo o levantamento obtido pelo GLOBO, o Partido dos Trabalhadores e o PL também são os mais rejeitados. Dos 36% de eleitores que afirmam não gostar de determinado partido, mais da metade (54%) tem objeção ao PT e 19% cultivam antipatia pelo PL.
Embora a legenda comandada por Gleisi Hoffmann e Valdemar saiam na frente na lista das mais queridinhas, oito em cada dez brasileiros não têm afinidade com nenhuma sigla específica. Esse dado conversa com a confiança nos partidos políticos: são 48% os que não confiam nas legendas. O número, porém, já foi pior. Em 2018, ano em que Bolsonaro foi eleito, o patamar de desconfiança chegou a 78%.
O estudo foi feito com 2.558 entrevistas presenciais de eleitores em 167 cidades, de todas as regiões do país, entre 22 e 29 de agosto. A pesquisa é financiada pelo CNPq e pela Fapemig e é feita pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT), que reúne pesquisadores das universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos e o índice de confiança é de 95%.