O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis no último sábado (9), na Índia, que contou com a participação do presidente Lula, em cerimônia ocorrida à margem da Cúpula do G20. A iniciativa, que conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia -, reúne 19 países e 12 organizações internacionais com o objetivo de ampliar a cooperação técnica e tecnológica visando à expansão de biocombustíveis, a descarbonização do setor de transportes e a transição energética.
A construção da aliança contou com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil. Em julho, Alexandre Silveira esteve na Índia para participar de reuniões preparatórias do G20 e conduziu, junto a demais ministros da área de combustível de outros países, a negociação para o reconhecimento dos biocombustíveis para promover a mobilidade sustentável. A Aliança segue aberta para novas adesões de outras nações.
Alexandre Silveira lembrou que o Brasil já conta com uma solução tecnológica, altamente competitiva e eficiente, que são os veículos flex, lançados em 2003 durante o primeiro mandato do presidente Lula. Segundo ele, o trabalho de cooperação entre Brasil e Índia consolidou o veículo flex e o uso do etanol na gasolina no hemisfério sul.
Em julho, o ministro Alexandre Silveira participou de reuniões preparatórias do G20 junto a outros ministros da área de combustível
“A Aliança Global é um momento único do reconhecimento global da importância dos biocombustíveis para que os países possam atingir as metas de serem neutros em carbono. O lançamento consolida o trabalho técnico liderado pelo MME com apoio do setor de etanol e automotivo”, destacou o ministro de Minas e Energia.
De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a produção global de biocombustíveis sustentáveis precisa triplicar até 2030 para que o mundo possa alcançar emissões líquidas zero até 2050. Os biocombustíveis líquidos forneceram mais de 4% do total de energia para os transportes em 2022, mas seu uso ainda tem grande potencial de crescimento. O uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores.
O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há 40 anos, com excelentes resultados, especialmente na criação de empregos e na redução das emissões do setor de transporte.
Alexandre Silveira ainda destacou que a liderança do presidente Lula, principalmente, frente ao Sul Global, será fundamental para consolidar o papel do Brasil como destaque na produção de biocombustíveis e na liderança da transição energética.
“Estamos conseguindo, com total apoio do presidente Lula, o reconhecimento pelas tecnologias já desenvolvidas no Brasil, mas, no MME, também estamos olhando para frente. Vamos em breve enviar para o Congresso Nacional o projeto de lei do Programa Combustível do Futuro, que pretende fazer o Brasil avançar ainda mais com uma política pública integrada e voltada para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono”, finalizou Silveira.