As incertezas continuam elevadas na economia global. É a constatação que os líderes do G20 deverão dar, se alcançarem um consenso para divulgar comunicado conjunto ao final da cúpula de Nova Deli (India).
A coluna apurou que o ‘draft’ (esboço) de comunicado, ainda em negociação, menciona que, com o notável aperto nas condições financeiras globais, o que piora as vulnerabilidades da dívida, a inflação persistente e as tensões geoeconomicas, o equilíbrio dos riscos permanece inclinado para o lado negativo.
Os presidentes dos EUA, Joe Biden, Luiz Inácio Lula da Silva, seus colegas europeus, asiáticos e africanos, deverão reiterar a frase habitual sobre necessidade de bem calibradas políticas monetárias, fiscais, financeiras e estruturais para promover o crescimento, reduzir as desigualdades e manter a estabilidade macroeconômica e financeira.
Seguindo a constatação dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais, em sua última reunião, em julho, o ‘draft’ do comunicado dos líderes diz que o crescimento econômico global está abaixo de sua média de longo prazo e continua desigual.
Enumeram necessidade de reforçar a cooperação para enfrentar desafios globais como a agenda 2030 de desenvolvimento, mudança climática, biodiversidade, poluição, preços das commodities, desigualdades.
Turbulências recentes na China, com mais indicadores negativos, causam apreensões em todo o mundo. Mas o fato é que a economia chinesa crescerá cerca de 5,4% neste ano.
Nesta sexta-feira, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, admitiu que elaborar um comunicado no final da cúpula do G20 neste fim de semana em Nova Deli será um desafio.
Segundo fontes, questões sobre a guerra da Rússia na Ucrânia continuam a causar confusão. Os russos continuavam recusando, por exemplo, menção de relatórios sobre preços de energia e de alimentos que, na visão de Moscou, colocam muito foco nas causas e menos nos efeitos.