O jornalista Gilberto Ferreira e o geólogo Jean Roque estão no Marrocos e contaram à Camila Bomfim, Jean Roque, da GloboNews, como foi viver o terremoto que já matou mais de mil pessoas. Os dois gaúchos estão em Marrakesh, onde o tremor foi sentido de forma intensa, e causou muitos prejuízos e centenas de mortes.
Gilberto Ferreira diz que nunca tinha passado por nada parecido e, em um primeiro momento, ao ouvir o barulho e os tremores, chegou a pensar que era um acidente aéreo. “Eu achei que era um avião caindo”, conta.
Já o geólogo André Borba está com a família no país e relatou que dá aula sobre placas tectônicas no Brasil, mas nunca imaginou viver isso ao vivo. “Viver isso aqui, nesse ao vivo assim, é uma coisa muito diferente. Realmente é uma experiência terrível”, diz.
BREAKING: 6.8 magnitude earthquake strikes Morocco, killing over 300 people.
My heart goes out to all those affected. Stay strong. ??? #Morocco pic.twitter.com/c2u56EA6DJ
— Hananya Naftali (@HananyaNaftali) September 9, 2023
“Eu saí para a área das piscinas para poder fazer uma ligação para a minha esposa aí no Brasil quando começou um tremor muito forte, um barulho muito forte, um estrondo gigantesco, e começou a tremer tudo. Na minha primeira impressão, como em cima do hotel passam muitos aviões, porque o aeroporto aqui de Marrakesh é muito próximo, então eu achei que era um avião que estava caindo ali no local”, conta o jornalista Gilberto Ferreira.
Ele relata que um amigo estava no hotel. Gilberto diz que tentou checar se ele estava bem, mas foi impedido de entrar no edifício.
“Um pessoal daqui falando em árabe me pegou pelo braço e me puxou de volta para a área das piscinas, impedindo com que eu entrasse no hotel, e alguém, em inglês, falou que era um terremoto e aí eu entendi do que se tratava e a ficha caiu”, conta.
O geólogo Andre Borba também relatou o que viveu e disse que sentiu o tremor entre 45 segundos e 50 segundos.
“Ele foi aumentando de intensidade conforme o tempo. Eu estava dentro do quarto do hotel, com minha companheira e minha filha, e foi muito assustador. Foi só aquele instinto de se proteger mesmo, proteger aqueles que a gente ama e realmente foi muito impactante pela duração”, conta.
“Não acabava mais o terremoto. Impressionante, o quarto todo tremendo, as coisas caindo, os shampoos caindo no banheiro, o lustre balançando”, continua.