Em entrevista ao Estadão nesta quinta-feira (31), o deputado federal Cláudio Cajado (PP), que foi o relator do arcabouço fiscal na Câmara, se queixou dos dois vetos que Lula fez ao sancionar a nova regra fiscal brasileira.
Os vetos do presidente voltaram a permitir descontos de despesas no resultado fiscal e suprimiram um trecho que “amarrava” o contingenciamento de investimentos, “o que tende a dar mais liberdade ao governo”, escreve o jornal paulistano. Ambos ainda serão analisados pelo Congresso, que poderá derrubá-los.
“Eu não posso concordar com esses dois vetos. O governo vai poder contingenciar só investimentos, não é justo. Se o governo não quer pensar nunca em diminuir seus gastos, sacrificar o investimento não é a melhor opção para o momento”, disse o deputado do PP da Bahia à colunista Roseann Kennedy.
Cajado afirmou ainda que a meta fiscal “saiu fragilizada” pelos vetos presidenciais e que “o conjunto do governo precisa ajudar o Fernando Haddad. Penso que o ministro da Fazenda está agindo de uma forma e o governo de outra”.
Haddad promete déficit fiscal zero para o ano que vem, o que inclusive consta do Orçamento para 2024. Analistas e, provavelmente, a torcida do Flamengo acham difícil que a meta seja atingida.