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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou, nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa (AL-MG), antes de receber o título de cidadão honorário de Minas Gerais. Ele ressaltou a união e a importância da política para o futuro do país. Bolsonaro elogiou o governador Romeu Zema (Novo) e o deputado estadual Bruno Engler (PL), que deve ser candidato à prefeitura de Belo Horizonte em 2024, além de agradecer ao povo mineiro pela homenagem.
“Minas é um berço de bons políticos. Acho que é por isso que me intitulei como tendo renascido em Juiz de Fora. A política está no sangue do homem e da mulher, agora, não é fácil ser chefe do Executivo, seja da menor prefeitura de Minas Gerais ou do governo do Estado. As ingratidões, incompreensões. Por quanto e quanto tempo, naquela mesa em Brasília, eu me perguntava: ‘meu deus, o que eu fiz, qual o meu pecado para pagar um preço tão alto?’. A única satisfação que você tem é poder servir ao seu povo, e creio que fizemos isso ao longo de quatro anos”, começou Bolsonaro.
O ex-presidente ressaltou ter tido dificuldades durante seu governo, citando nominalmente a pandemia de Covid-19, a crise hídrica, a guerra na Ucrânia e a crise econômica na Argentina, mas disse ter feito “o possível” para governar bem. “Creio que, ao longo de quatro anos, deixamos uma marca. Não eu, nós (o governo) deixamos. Passamos a admirar novamente a nossa bandeira, prezado presidente da AL-MG. No passado, raramente tinham bandeiras do Brasil aparecendo em momentos como este. Passou a fazer parte da nossa vida as cores verde e amarela, cantar o hino nacional com o coração, falar em família, falar em algo que muitos achavam que era eterno, e hoje sabem que não é, mas que é tão importante como o oxigênio que respiramos, que é nossa liberdade”, continuou.
Sem citar as eleições de 2022, Bolsonaro disse que “de repente, aconteceu um incidente”, em referência à eleição de Lula (PT), entretanto, garantiu que “o que aconteceu o ano passado” é considerado “uma página virada”. “Vamos em frente, esse Brasil é muito grande e ninguém tem o que nós temos. Quem tem terras agricultáveis como nós? Quem tem biodiversidade, riquezas minerais? Aqui em minas podemos citar algo fantástico, Araxá, o Vale do Jequitinhonha que começa agora a explorar um lítio, um trabalho hercúleo nosso junto ao governo do Estado. Quem tem um clima como o nosso? Quem tem belezas naturais como nós? Ninguém tem”, ponderou.
O ex-presidente afirmou que “cada um de nós é responsável pelo futuro da sua pátria”, e refletiu que “não podemos procurar um salvador da pátria”. “Quem salva a nossa pátria é o nosso Deus. Devemos procurar pessoas que queiram realmente colaborar com o destino da nossa nação. E esse destino passa pela política. Somos seres políticos por natureza. E nós, quando entramos na política, nos apaixonamos por ela. O evento aqui não é do meu partido, é um título que recebo de forma bastante honrosa. A partir de agora sou oficialmente, prezado coronel (Sandro), um mineiro de coração”, agradeceu.
Por fim, o ex-presidente recitou o decálogo do PL, reforçando as pautas que defende. “Quero oferecer ao povo brasileiro, como decálogo, ao homem, à mulher brasileira, aquilo que nós somos, aquilo que nós queremos. Decálogo do povo brasileiro: defendemos a nossa Constituição, a família brasileira, a vida desde a concepção, a propriedade privada, o legítimo direito à defesa, a diminuição da carga tributária, a liberdade econômica, a agroindústria e o combate às drogas. Muito obrigado a todos vocês de Minas Gerais”, concluiu Bolsonaro.
