Há dois meses à frente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), o vereador licenciado Henrique Carballal falou em entrevista ao jornal A Tarde sobre o desafio de comandar a estatal, e traçou as expectativas para sua gestão. Para Carballal, o intuito é de fazer com que a Bahia, dona da 3ª maior produção mineral de todo o Brasil, seja cada vez mais protagonista do setor e um destino atrativo para a implantação de fábricas e operações que façam girar a máquina econômica do estado.
“Acho que vocês terão grandes surpresas. Não posso estar divulgando tudo, até porque na CBPM estamos executando a política e o fio condutor desse processo é o governador Jerônimo, então é ele que deverá anunciar, mas ainda nesse ano deveremos ter a vinda de duas fábricas para a Bahia, uma de cimento e uma de silício”, pontuou.
E completa:
“Temos uma mina de calcário especial para a produção de cimento que, ao invés de licitar a mina para que retirem o calcário e levem embora como commodity, vamos estimular a implantação da fábrica aqui na Bahia. Temos também uma área de silício que será entregue para a iniciativa privada, com o compromisso de instalação de uma outra fábrica para o processamento dessa sílica aqui na Bahia”, projeta o presidente da CBPM, ao jornal.
Em 2022, a produção mineral comercializada da Bahia alcançou um crescimento de 7%, com um valor bruto de R$ 10,2 bilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O setor possui mais de 14 mil empregos diretos e cerca de 150 mil postos de trabalho acrescidos dos indiretos. Segundo Carballal, a Bahia será “a bola da vez” na mineração, afirmando que a produção irá crescer muito mais no estado, fazendo com que a CBPM seja cada vez mais uma “empresa de fomento e também de mineração”.
“A Bahia é a bola da vez na mineração. A produção mineral que a Bahia vai crescer ainda mais está vinculada aos minerais que são fundamentais para a transição energética. Precisamos garantir que essa exploração mineral ocorra respeitando o ambiente e as políticas sociais fundamentais, mas precisamos compreender também que a Bahia não pode perder essa oportunidade. Temos condições de atrair grandes indústrias para cá e abastecer a sede que o mercado mundial vai ter de tudo que está vinculado à transição energética”, avaliou.