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Trump chega a Atlanta para se entregar à Justiça — Foto: Joe Raedle/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
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quinta-feira 24 de agosto de 2023 às 20:39h

Trump se entraga para ser fichado em prisão no estado da Geórgia

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se entregou em uma prisão no estado da Geórgia nesta quinta-feira (24). Ele ficará detido brevemente por ter sido acusado de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020.

O ex-chefe de Estado pode ser obrigado a tirar uma “mug shot”, a foto dos detidos. Ele conseguiu evitar essa foto nas três ocasiões anteriores em que se apresentou às autoridades. O xerife do condado de Fulton, Pat Labat, antecipou que o procedimento normal na Geórgia é tirar uma foto do acusado antes de ele ser liberado sob fiança.

Seu ex-advogado Rudy Giuliani, um dos 19 processados pela tentativa de anulação do resultado das eleições neste estado em 2020, afirmou na quarta-feira que falou com Trump para lhe desejar boa sorte.

Permanência breve

A permanência de Trump na prisão superlotada e insalubre conhecida como Rice Street Jail deve ser breve.

Assim como dez dos 11 acusados que já se entregaram à Justiça, Trump deve ser liberado após o pagamento de uma fiança, fixada em US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão na cotação atual).

Seu último chefe de gabinete, Mark Meadows, se apresentou nesta quinta-feira e foi liberado após pagar fiança de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 500 mil). Outro acusado, Harrison Floyd, ficou detido porque não foi favorecido com a liberdade sob fiança.

Todos tiveram as digitais coletadas e sua foto de registro policial tirada, que rapidamente foi divulgada na imprensa e nas redes sociais.

As duas entradas da prisão foram fechadas ao trânsito na manhã desta quinta-feira, com exceção dos veículos da polícia. Agentes com coletes à prova de balas esperavam em um dos acessos em uma van.

Troca de advogado

Nesta quinta-feira, Trump trocou de advogado na Geórgia, substituindo Drew Findling por Steven Sadow, uma decisão que ainda não foi explicada.

No passado, Sadow criticou a lei contra o crime organizado usada pela promotora do condado de Fulton, Fani Willis, para indiciar coletivamente os 19 réus, uma norma que prevê penas de cinco a 20 anos de prisão.

Em 14 de agosto, um grande júri nomeado por Willis acusou os réus de tentarem ilegalmente anular o resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.

Os 19 acusados tinham até o meio-dia local (13h de Brasília) de sexta-feira para se apresentarem às autoridades. Espera-se que eles retornem ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não.

A procuradora Fani deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.

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