Nos corredores de Brasília, comenta-se que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará de acordo com Eduardo Gayer e Roseann Kennedy, da coluna Estadão, um gesto político de reconciliação com o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), se escolher o desembargador Carlos von Adamek para uma das vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com o apoio de Toffoli, Adamek foi o primeiro colocado na lista quádrupla de desembargadores encaminhada pelo STJ a Lula, a quem caberá agora indicar dois desses nomes. As indicações precisam passar pelo crivo do Senado Federal.
Lula não esconde mágoa de Toffoli, indicado por ele ao STF e antes à Advocacia-Geral da União, por não tê-lo autorizado a ir ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, enquanto estava preso em Curitiba. Na ocasião, Toffoli autorizou que Lula encontrasse os familiares numa unidade militar na região do ABC, em São Paulo, e permitiu o corpo do seu irmão fosse levado para o local. Mas a decisão, inclusive, saiu tarde demais e não havia tempo hábil a viagem do petista. O ministro pediu perdão ao presidente, que, segundo relatos, nunca sinalizou que o episódio ficou no passado.