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terça-feira 22 de agosto de 2023 às 08:35h

Alvo de investigação, Wassef tem ‘ideia fixa’ com morte de Adriano da Nóbrega na Bahia

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Na mira da Polícia Federal pelo caso das joias sauditas, Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é personagem conhecido pelo caso Fabricio Queiroz, relembra Andréia Sadi, em seu blog.

Que diz ainda que Wassef ainda tem ideia fixa com um outro caso: o assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega, que morreu em confronto com a polícia na Bahia, em fevereiro de 2020.

Desde a morte de Nobrega, Wassef diz ter “provas” de como a morte do miliciano seria parte de uma “armação”. Sem apresentar as evidências, o advogado repete a afirmação sempre que fala desse caso. Há três anos, em junho de 2020, ele disse a mesma coisa ao site Metrópoles, por exemplo.

Em 2020, o site revelou que a viúva de Adriano foi procurada por Wassef quando o miliciano estava foragido, e também depois de sua morte.

Segundo o portal, a viúva relatou que Wassef insistiu para que ela abraçasse sua teoria para explicar a morte de Adriano, de que o miliciano havia sido assassinado por policiais do Rio de Janeiro a mando de políticos.

Wassef, agora, também pode dar detalhes à Polícia Federal sobre sua “ideia fixa” e explicar se os contatos com a viúva de Adriano aconteceram – e por quê.

Quatro meses após a morte de Adriano da Nóbrega, Wassef disse que investigava o entorno de Flávio para “defender os interesses” do seu cliente.

Na ocasião, em entrevista ao blog, ele afirmou que era uma “farsa” que Adriano da Nóbrega fosse miliciano. Disse, ainda, que havia uma “teia” para “amarrar” Adriano a Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, pivô do “escândalo das rachadinhas” (leia mais abaixo). Wassef atuou na defesa de Flávio Bolsonaro no caso.

A entrevista ao blog foi concedida um dia antes de Wassef deixar a defesa de Flávio, após Fabrício Queiroz ser preso na casa do advogado em Atibaia (SP).

O ex-assessor de Flávio morou por cerca de um ano na casa de Wassef em Atibaia, segundo um dos caseiros da residência informou à Polícia Civil. Na época, Wassef afirmava que não sabia onde estava o ex-assessor.

Ex-policial foi morto na Bahia

O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega foi apontado como chefe do Escritório do Crime, milícia que atua na zona Oeste do Rio de Janeiro. Quando morreu, ele estava foragido havia um ano.

Ainda em 2020, o senador Flávio Bolsonaro havia difundido a preocupação de que Adriano da Nóbrega tivesse sido torturado antes de ser morto.

A perícia, no entanto, concluiu que o miliciano nem foi torturado nem foi executado, e que ele morreu em confronto com a polícia.

Entre outros crimes, Adriano de Nóbrega era investigado por participar de um suposto esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O senador nega irregularidades.

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