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O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu chefe da ajudância de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid - Foto: Adriano Machado/Reuters
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sexta-feira 18 de agosto de 2023 às 06:45h

Bolsonaro diz que estratégia de confissão de Mauro Cid é “camicase”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou de “camicase” a estratégia de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, de confessar a participação na venda de presentes recebidos pela comitiva presidencial, e de dizer que estava cumprindo determinações do ex-chefe do Executivo. As declarações foram dadas ao jornalista Túlio Amâncio, da Band.

Túlio relatou, nas redes sociais, ter conversado por telefone com Bolsonaro logo após o advogado de Cid revelar a estratégia da confissão à revista Veja. Na conversa, segundo ele, o ex-presidente disse que Cid está preso há muito tempo e, por isso, seria capaz de falar qualquer coisa para sair da cadeia.

Ele afirmou ainda que o presidente negou ter recebido dinheiro em espécie de Mauro Cid e também negou ter sido o responsável pela ordem para a venda dos bens recebidos por comitivas em visitas ao Oriente Médio.

Bolsonaro também teria, segundo o jornalista, afirmado que não falou nem com Mauro Cid nem com o pai do ex-ajudante de ordens, o general Mauro Lourena Cid, depois da operação da Polícia Federal realizada na semana passada, para não ser acusado de interferência.

Confissão de Mauro Cid foi confirmada pelo advogado do militar

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), vai confessar que vendeu as joias recebidas pelo ex-chefe em agendas oficiais, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em espécie para Bolsonaro. A informação foi dada pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt para a revista Veja e confirmada ao Estadão. Durante a semana, o advogado, que acabou de assumir a causa, deu sinalizações nesse sentido.

“A gente conseguiu contornar uma coisa que era quase impossível”, afirmou ao jornal a advogada Vania Bitencout, que é sócia do marido no escritório que defende o militar.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo da Arábia Saudita para o então presidente e Michelle Bolsonaro.

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