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sexta-feira 11 de agosto de 2023 às 09:10h

Brasil desponta como potência mundial produtora de biocombustível e gerará milhões de empregos

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Há exatos 130 anos, o engenheiro mecânico franco-alemão, Rudolf Diesel, impressionava a comunidade científica mundial ao conseguir mover um motor a partir de um biocombustível criado do óleo de amendoim. A invenção foi tão importante que o combustível acabou sendo batizado como forma de homenagear o criador, que prestou um papel fundamental para o desenvolvimento de motores.

O dia 10 de agosto de 1893 entrou para a história e inspirou a criação do Dia Internacional do Biodiesel. A apresentação do dispositivo naquela data demonstrou que era possível otimizar os modais de transportes, com a substituição dos dispendiosos sistemas mecânicos a vapor, que alimentava navios e locomotivas, por unidades movidas a diesel.

No Brasil, o biodiesel representa um relevante setor econômico e passa por todas as etapas produtivas. Começa no agronegócio, é processado pela indústria e adicionado ao diesel de origem fóssil antes de ser distribuído para o consumidor final.

O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (SNPGB/MME), Pietro Mendes, destacou a influência desse insumo para a descarbonização e desenvolvimento de pequenos agricultores. “O biodiesel é muito importante para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, reduzir a dependência externa do diesel, melhorar a lubricidade do combustível e gerar emprego e renda com destaque para agricultura familiar no Programa do Selo Biocombustível Social. Nesse dia do biodiesel, vale ressaltar o esforço do governo atual de estabelecer curva de aumento do teor de biodiesel no diesel e de retomar o RenovaBio”, reforçou Mendes.

O mercado brasileiro de biodiesel começou a se alavancar em 2005, quando foi criado o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPN), instituindo o acréscimo obrigatório de uma porcentagem do biocombustível ao óleo de origem fóssil. Em março, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou o aumento para 12% da mistura de biodiesel ao diesel vendido no Brasil. A proposta prevê o aumento de um ponto percentual por ano, até chegar a 15% (B15) em 2026.

O biodiesel também integra o conjunto de políticas públicas contempladas em Projeto de Lei do programa Combustível do Futuro, que visa maior utilização dos biocombustíveis e melhorar a eficiência energético-ambiental dos motores com metas que reduzem consumo. “Com o Combustível do Futuro, vamos valorizar o biodiesel por meio da análise de ciclo de vida do poço à roda, ao reconhecer seu papel na promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono com a integração de políticas públicas, tais como RenovaBio e Rota 2030”, finalizou o secretário Pietro Mendes.

O biodiesel pode ser criado a partir de diferentes óleos e gorduras, que podem ser tanto de origem vegetal quanto animal. No Brasil, a principal matéria-prima é a soja, mas o milho, girassol, amendoim, algodão, canola, mamona e gordura anima são amplamente utilizados. No primeiro semestre deste ano, cerca de 3 bilhões de litros de biodiesel foram produzidos no país. A perspectiva é que nos próximos anos, o setor do agronegócio possua milhões de profissionais trabalhando para que o Brasil seja, isoladamente, a maior potência energética do planeta.

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