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quinta-feira 10 de agosto de 2023 às 16:48h

O mistério dos aviões de Maduro: jatinho “escoltou” ditador rumo a Brasília

MUNDO, NOTÍCIAS


Na visita quase surpresa que fez em maio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ditador venezuelano Nicolás Maduro recorreu segundo os colunistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles, a uma delicada operação aérea que manteve sob sigilo nos sistemas públicos de rastreamento os dados de identificação de dois dos três aviões empregados na viagem.

Na chegada, como mostrou a coluna na ocasião, uma das aeronaves “escoltou” o Airbus A-319 da estatal Conviasa em que estava Nicolás Maduro em praticamente todo o percurso no espaço aéreo brasileiro. Nos sistemas de busca, o avião aparecia “bloqueado”, sem qualquer identificação.

A aeronave acompanhou o jato de Maduro desde a decolagem de Caracas, a capital venezuelana, até o pouso em Brasília. Não era possível saber nem sequer seu modelo, o que ocorre quando a tripulação aciona um comando especial para evitar que os dados apareçam nos buscadores.

Indagada, a Força Aérea Brasileira não deu informações sobre a aeronave. Parte do mistério, porém, foi desvendada.

O terceiro avião, exatamente o que aparecia “bloqueado”, é um jatinho com bandeira de San Marino, o microestado europeu encravado no território da Itália considerado por parte do mundo como paraíso fiscal.

“Propriedade privada”

Nos registros públicos, o luxuoso Dassault Falcon 900EX de prefixo T7ESPRT aparece como uma aeronave de propriedade privada, mas tem sido utilizado com frequência nos últimos tempos em voos de autoridades do governo da Venezuela.

São raras as viagens em que a aeronave aparece identificada nos sistemas de rastreamento. Os deslocamentos mais recentes com registro foram feitos sobre o próprio espaço aéreo da Venezuela e entre ilhas do Caribe, como as Bermudas.

Entre o fim de junho e o início de julho, o jatinho permaneceu durante uma semana na República Dominicana. Até o ano passado, a aeronave tinha registro americano e era de propriedade de uma empresa sediada no estado da Flórida.

Em abril, ela voou da cidade de Boca Raton, perto de Miami, para Kingstown, capital das ilhas de São Vicente e Granadinas, no que parece ter sido sua última viagem nos céus dos Estados Unidos. Estava, ao que tudo indica, seguindo para a Venezuela — onde passaria a ficar baseada a partir de então, já registrada formalmente em San Marino.

Depois de Brasília, voo para o Irã

Há, na história recente do jatinho, um voo que chama atenção, muito embora não tenha aparecido em nenhum sistema de rastreamento.

Em 16 de junho — duas semanas depois de passar por Brasília, diz ainda Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do portal Metrópoles –, o Falcon 900EX esteve em Teerã, a capital do Irã, país cujo regime dos aiatolás é aliado histórico da ditadura chavista que hoje tem em Nicolas Maduro seu comandante-em-chefe.

A imagem do avião estacionado no aeroporto internacional de Mehrabad, na capital iraniana, foi registrada em um perfil especializado em fotos de aeronaves. Dias antes, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, havia feito uma visita oficial à Venezuela.

De novo no Brasil

Na viagem de maio a Brasília, a agenda de Maduro foi mantida em segredo pelo governo brasileiro até pouco antes de sua chegada, diz o colunista do Metrópoles.

Nesta semana, o ditador faria sua segunda visita ao Brasil em menos de três meses. Ele e Lula estariam juntos, mais uma vez, durante o encontro de presidentes de países da região amazônica que ocorre em Belém. A viagem, porém, foi cancelada de última hora.

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