Uma proposta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) sugere ao governo federal que empresas depositem o valor do vale refeição e alimentação devido ao trabalhador na Caixa Econômica Federal. Segundo o jornal O Globo, o projeto está em avaliação pela equipe do Ministério da Fazenda.
A Abras prevê que, na vigência do modelo, o banco ficaria responsável pelo pagamento aos estabelecimentos comerciais, como restaurantes e mercados, via aplicativo de celular ou Pix. Assim, o trabalhador não teria mais um cartão para fazer as compras ou pagar pelo almoço. A mudança se aplicaria às empresas optantes pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que são os empregadores que pagam os vales-refeições a seus funcionários.
A proposta não autoriza o pagamento do vale-refeição e alimentação em dinheiro pelas empresas. Ou seja, a finalidade do auxílio seria mantida. “A eliminação dos custos das operadoras de voucher (vale) reduzirá os custos para empregadores e estabelecimentos”, diz João Galassi, presidente da Abras.
Em números:
- Empresas que concedem o benefício precisam pagar taxas para as operadoras, como Sodexo e VR, bem como os estabelecimentos comerciais que aceitam o vale.
- Segundo a Abras, o custo total com taxas chega R$ 7,5 bilhões. De acordo com a entidade, 90% desse mercado – que movimenta R$ 150 bilhões por ano – estão nas mãos de apenas quatro grandes operadoras: Alelo, Ticket, Sodexo e VR. São 300 mil empresas clientes das operadoras, 22 milhões de usuários e cerca de 280 mil estabelecimentos afiliados.