O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou neste último domingo (6) que não teve “nenhuma conversa” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível saída do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Desde o começo do governo, ele acumula a vice-presidência com o cargo de ministro.
“Não tive com o presidente nenhuma conversa a esse respeito (…) Mas vamos conversar, cargo de ministro é de confiança do presidente da República. A minha disposição é ajudar, é servir, ajudar o Brasil e colaborar com o governo do presidente Lula”, declarou Alckmin, em Taubaté (SP).
De acordo com o colunista do g1 Valdo Cruz, uma das ideias em estudo para dar mais espaço ao Centrão na Esplanada e facilitar a aprovação dos projetos do governo no Congresso Nacional seria retirar Alckmin do MDIC e dar a ele o comando da execução do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ficaria sob o guarda-chuva da vice-presidência.
O presidente Lula teria sinalizado, entretanto, que não irá tomar nenhuma decisão em relação ao vice-presidente que não seja do agrado do companheiro de chapa. O nome de Alckmin também é ventilado por integrantes do Centrão como provável substituto de José Múcio Monteiro, no Ministério da Defesa.
Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de assumir o comando do futuro PAC, que deve ser anunciado oficialmente no fim desta semana pelo governo federal, o vice-presidente afirmou que, até o momento, essa possibilidade “não existe”.
Mas pontuou que ainda irá conversar com Lula. “Ministério é cargo do presidente da República. Minha disposição é de ajudar, colaborar. Eu vi na imprensa que teria tido uma conversa com o presidente, não teve nenhuma conversa”, acrescentou ele.
Alckmin avaliou, ainda, que o Brasil está vivendo um “bom momento”. “O caminho é o dialogo. ouvir bastante, quando a gente ouve mais, erra menos”, concluiu.
O vice-presidente também voltou a defender mais cortes no juro básico da economia, a Selic. Nesta semana, o Comitê de Política Monetário do Banco Central (Copom), reduziu a taxa, de 13,75% para 13,25% ao ano. Foi o primeiro corte em três anos.