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A bancada do PSD na Câmara dos Deputados se reuniu com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na última quarta-feira (2), antes de cerimônia no Palácio do Planalto, para cobrar mais espaço no governo e o controle da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
Vinte e três deputados se encontraram com o ministro e reclamaram que estão sem espaço porque o Ministério da Pesca está esvaziado e sem orçamento, além de ter um nicho de atuação muito específica.
O ex-deputado André de Paula (PSD-PE) é o atual ministro da Pesca. O PSD conta também com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), que é senador licenciado, e o ministro de Minas e Energia, o ex-senador Alexandre Silveira, indicado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). São, na visão dos deputados, da “cota” do PSD do Senado e não representam os deputados do partido.
A Funasa era comandada segundo Raphael Di Cunto, do Valor, pelo PSD da Câmara no governo Bolsonaro (PL), mas o governo Lula (PT) propôs sua extinção e transferiu os funcionários para os Ministérios da Saúde e das Cidades. O Congresso, contudo, rejeitou essa ideia e o Executiva agora trabalha num redesenho para o órgão.
Essa recriação virou motivo de disputa entre PSD, que já está na base aliada, e União Brasil, PP e Republicanos, que negociam a adesão formal. Todos pressionam o governo para indicar o presidente e comandar os departamentos regionais.
O PSD já indicou Domingos Filho (PSD), pai do deputado federal Domingos Neto (PSD-CE), para a presidência da Funasa, mas aguarda um retorno. Segundo três deputados do partido disseram ao Valor, a bancada ameaça se rebelar e atuar de forma mais independente se não for contemplada.
