Desde a última segunda-feira (31), um grupo com cinco angolanos que fazem parte do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), órgão Federal do país, está no território de identidade Sertão do São Francisco para conhecer experiências de agricultores familiares baianos.
A comitiva visitou nos dias 31 de julho e 1 de agosto as experiências da Escola Família Agrícola (EFA) e do Assentamento São Francisco, em Sobradinho, Laticínio de Testa Branca e Coopercuc, em Uauá, e o Armazém da Caatinga, em Juazeiro. O intercâmbio finaliza durante o Semiárido Show, feira realizada pela Embrapa Semiárido em parceria com o Instituto Regional da Pequena Agropecuária (Irpaa).
Para Anita Esperança, diretora do IDA, a expectativa é de que as boas práticas do Pró-Semiárido possam ser replicadas junto às famílias agricultoras de Angola. Ela fez um destaque sobre a metodologia de trabalho da EFA, que aponta luzes para as juventudes camponesas e deve ser um dos primeiros assuntos abordados junto ao Governo de Angola.
“Vou tentar abordar com meu Ministro e com o Fida a experiência desta escola e um dos pontos que teria mais valia para nós é a redução do êxodo rural, pois majoritariamente os jovens saem da zona rural para ir para as cidades em busca de melhores condições e não encontram emprego”, salienta a diretora do IDA, expondo a preocupação com o futuro dos jovens angolanos e a importância de implementar políticas públicas que assegurem dignidade, trabalho e renda.
O intercâmbio foi realizado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), em parceria com o Governo da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).