O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta quarta-feira (2) o Fundo Monetário Internacional (FMI). Desta vez, por conta da crise na Argentina. Segundo o mandatário, a entidade deveria ter ‘um pouco mais de paciência’ e considerar a crise econômica que atingiu o país.
“Fico preocupado de saber como um país tão importante como a Argentina, um país que já foi a quinta economia do mundo, chega na situação econômica na qual está hoje. Tudo isso muito em função de uma dívida contraída por outro governo e que ficou para o atual governo pagar essa dívida aí (…) E o FMI deveria ter um pouco de paciência”, disse.
Segundo Lula, tudo o que era possível dentro do “marco legal das instituições financeiras” foi feito para tentar ajudar a Argentina. “Todo contato, telefonema, reunião para tentar ajudar a Argentina… desde ligar para o [presidente da China] Xi Jinping, desde conversar com banco, desde Dilma ajudar (…) Porque as regras foram estabelecidas há muito tempo e é preciso que a gente mude determinadas regras”, defendeu.
Críticas ao FMI
Na terça-feira (1), durante o “Conversa com o Presidente”, a sua live semanal, Lula também criticou a entidade e afirmou que o FMI vai errar todas as projeções sobre o Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil.
Lula ainda afirmou que “quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, o salário começa a aumentar, a inflação começa a cair. As pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas”.
Nos últimos meses, o FMI revisou para cima sua estimativa de crescimento da economia brasileira, e a projeção mais recente indica um avanço de 2,1% em 2023. Mesmo após o ajuste, as projeções do Ministério da Fazenda ainda são mais otimistas do que as do Fundo. A pasta prevê que a economia do país vai avançar 2,5% neste ano.