A deputada Carla Zambelli afirmou que recebeu “com surpresa” a operação da Polícia Federal que fez buscas e apreensões nos endereços dela na manhã de hoje. A corporação cumpre determinação assinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
O que aconteceu?
Em nota, a defesa da deputada confirmou o cumprimento dos mandados e disse que ela se colocou à disposição para fornecer as informações necessárias.
Os advogados dela afirmaram que a parlamentar “respeita a decisão”, mas “refuta-se a suspeita que tenha participado de qualquer ato ilícito”.
A Deputada Carla Zambelli aguardará, com tranquilidade, o desfecho das investigações e a demonstração de sua inocência.
Defesa de Carla Zambelli, em nota à imprensa
Moraes determinou que a PF recolha armas, computadores, tablets e o passaporte de Carla Zambelli em todos os endereços relacionados à deputada.
O ministro do STF também pediu que a PF averiguasse se há cômodos secretos nos locais.
A PF investiga a atuação de Zambelli e Delgatti na invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão).
Mandado de prisão falso contra Moraes
Delgatti e Zambelli conseguiram invadir os sistemas do CNJ e BNMP usando credenciais falsas obtidas de forma ilícita entre 4 e 6 de janeiro de 2023.
Foi inserido um mandado de prisão falso contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que dizia: “Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”.
Também foram inseridos 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos nos sistemas do CNJ e de outros tribunais do Brasil.
Delgatti já admitiu que ele foi o autor da invasão ao CNJ e do falso mandado de prisão contra Moraes a pedido de Carla Zambelli. A invasão seria uma espécie de prêmio de consolação para a deputada, que queria, na verdade, que ele hackeasse as urnas eletrônicas e as contas de Moraes.