Para Décio Lima, a economia brasileira já deu provas de recuperação que justificam um corte mais significativo da taxa Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira (2) o primeiro corte da taxa básica de juros desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa é a expectativa do governo federal e dos analistas econômicos. A medida vem sendo esperada há meses e cobrada pelo próprio presidente e pelos empresários, que apontam o patamar de 13,75% da Selic como insustentável. A estimativa do mercado é de que essa redução fique em torno de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, caso a previsão se confirme, esse corte ainda seria insuficiente.
Essa pode ser a primeira redução da taxa de juros no período de um ano no país. A Selic não é revista há sete encontros consecutivos do colegiado e permanece no patamar atual desde agosto de 2022. Para o presidente do Sebrae, uma possível redução de 0,5 ponto percentual ainda é insatisfatória, diante das robustas evidências da recuperação da economia.
O Brasil conquistou a quarta colocação no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2023. Número expressivo com grande contribuição da agricultura, uma vez que as exportações somaram US$ 166,5 bilhões, com superávit de US$ 45,5 bilhões, o maior da história no nosso país.
“Precisamos baixar os juros urgentemente para o país crescer e há espaço para isso. Toda a economia está respondendo positivamente. O Banco Central precisa acompanhar este movimento”, avalia o presidente do Sebrae. Décio Lima acrescenta que “falta sensibilidade com os pequenos empresários e empreendedores do país. Tem dinheiro para emprestar no mercado, mas é impossível obter crédito nesse patamar. É pegar para falir ou quebrar amanhã”