Subiu para 54 o número de pessoas mortas durante explosão suicida em comício político no Paquistão, neste último domingo (30). Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.
O governo do país prometeu buscar por responsáveis pelo incidente que feriu mais de 200 pessoas. A polícia acredita se tratar de uma célula local do grupo terrorista Estado Islâmico.
As vítimas participavam de um comício organizado pelo partido Jamiat Ulema Islam, liderado pelo clérigo linha-dura e político Fazlur Rehman.
Rehman não compareceu ao evento. Apoiador do governo talibã no Afeganistão, ele já foi alvo de ataques anteriormente em 2011 e 2014.
As vítimas do atentado foram enterradas em Bajur nesta segunda-feira (31).
Grupos islâmicos estão presentes em Bajur há muito tempo. O distrito era anteriormente uma base da Al Qaeda e um reduto do Talibã paquistanês ilegal, conhecido como Tehreek-e-Taliban Paquistão, ou TTP. O exército declarou o distrito livre do grupo em 2016, após uma série de ofensivas.
Shah disse que tais facções poderiam ter perpetrado o ataque para causar “confusão, instabilidade e inquietação antes das eleições”.
Espera-se que o primeiro-ministro Shehbaz Sharif dissolva o parlamento do Paquistão em agosto.