O número de executivos brasileiros de grandes corporações que admitem a existência de corrupção nos negócios saltou de 70% para 96% desde 2014, ano em que entrou em vigor a Lei Anticorrupção (12.846). De acordo com o índice da pesquisa Global Fraud Survey, publicada pela empresa Ernst & Young a cada dois anos, o Brasil lidera o ranking de percepção da corrupção, como aconteceu em 2016.
A amostra abrange 2.550 executivos de 55 países. A República Tcheca, segunda colocada, tem índice de 56%. Apenas 10% dos brasileiros ouvidos efetivamente admitem cometer atos corruptos ou fraudulentos.
Segundo o levantamento, mais empresários brasileiros afirmaram que as fraudes e práticas corruptivas existem. Quando o recorte acontece dentro do próprio setor de trabalho dos entrevistados, a percepção também aumentou, mas em uma escalada menor, de 18% em 2014 para 20% em 2018.
O Brasil se aproxima do resto do mundo no entendimento de que é importante demonstrar que empresas operam com integridade: 96% dos brasileiros ouvidos consideram importante deixar visível a lisura com que acontecem suas operações. Na América do Sul, o índice é de 99%, enquanto nos países restantes o alcance é de 97%.