O governo da China pediu ao Japão, nesta segunda-feira (24) para não interromper a indústria de semicondutores, depois que as restrições às exportações de tecnologia japonesa de fabricação de chips entraram em vigor, aumentando as restrições tecnológicas que Washington e seus aliados impuseram a Pequim por motivos de segurança.
As restrições japonesas, que entraram em vigor no domingo, limitam o acesso chinês a ferramentas para gravar circuitos microscopicamente pequenos em chips avançados para smartphones, inteligência artificial e outros aplicativos. A Holanda também se juntou aos Estados Unidos para limitar o acesso a ferramentas de fabricação de chips que, segundo Washington, poderiam ser usados para desenvolver armas.
“Estamos profundamente insatisfeitos e lamentamos o ato”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Mao Ning. Ela pediu para o Japão “impedir que medidas relevantes interfiram na cooperação normal da indústria de semicondutores entre os dois países”.
O Partido Comunista investiu bilhões de dólares na construção de fundições de chips chinesas, mas precisa de tecnologia ocidental e japonesa para produzir os chips mais avançados. Isso ameaça atrasar os esforços de Pequim para desenvolver indústrias de tecnologia.