Na manhã desta quarta-feira (19), o ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu a operação de busca e apreensão da Política Federal contra os envolvidos em suposta agressão família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com o ministro, a busca e apreensão “se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados”. A declaração foi feita nas redes sociais.
No dia 14 de julho, Alexandre de Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma.
Os envolvidos seriam quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D’Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os outros três.
Na ocasião, Andrea Mantovani teria se aproximado do ministro e o chamado de “bandido, comunista e comprado”.
Além dos xingamentos proferidos contra Moraes, o filho dele também teria sido agredido com um tapa por Roberto.
Porém, em depoimento à PF, o empresário Roberto Mantovani Filho e a sua esposa alegam que foram vítimas de ofensas proferidas pelo filho de Moraes.
Filho também nega agressão e diz que empurrou filho de Moraes para proteger esposa.
Confira a declaração completa de Dino:
“Polícia Federal pediu Busca e Apreensão, no âmbito de investigação por agressões contra o ministro Alexandre de Moraes e sua família, baseada no artigo 240 do Código de Processo Penal. A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados. Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de “fishing expedition”, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”.