A Azul Linhas Aéreas anunciou ontem que conseguiu captar US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões) com a emissão de títulos de dívida externa (bonds) no mercado internacional. Foi a maior captação da companhia, com aportes de 110 diferentes fundos de investimento. Os recursos serão usados para a reestruturação das suas dívidas.
Em princípio, a companhia esperava captar US$ 700 milhões, mas elevou o valor ao perceber que havia interesse de investidores, de acordo com o presidente da Azul, John Rodgerson. “Conseguimos eliminar a dúvida sobre se a Azul teria fôlego e saúde financeira”, disse o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a companhia, os recursos vão permitir o aumente da oferta de voos, impactada pela pandemia. “Essa é a última parte da nossa reestruturação”, afirmou Rodgerson.
A operação vai fortalecer o caixa da Azul, impactado pela crise financeira vivida pelo setor aéreo nos últimos anos. “Agora vamos voltar a gerenciar a empresa para crescer e ser rentável. Vamos voltar a investir”, disse o executivo.
O diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Azul, Alexandre Wagner Malfitani, afirmou que a empresa, em um primeiro momento, negociou seus débitos com os arrendadores de aeronaves, que detêm 80% da dívida. Na sequência, iniciou tratativas com outros credores por meio da oferta de troca de dívida, que foi anunciada no mês passado.