De acordo com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, a masculinidade hegemônica ainda é um dos principais motivos que impedem os homens de buscarem serviços de saúde. Para qualificar as discussões acerca do assunto, a Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde vai realizar o seminário ‘Padrões de masculinidades e seus reflexos sobre a saúde na sociedade contemporânea’. O evento vai debater os efeitos do machismo na saúde da população e como as políticas públicas podem intervir para estabelecer uma vivência mais saudável e não violenta para toda a sociedade.
O seminário é voltado para gestores, profissionais de saúde e população interessada no tema. “O encontro visa ampliar a participação social para implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, principalmente no debate sobre a construção social das masculinidades e suas consequências para a saúde da população como um todo. A Pnaish é uma das estratégias do SUS para promoção da equidade de gênero em saúde, que reconhece as construções sociais das diferenças sexuais como importante fator na caracterização dos padrões de morbimortalidade de homens e de mulheres”, explica o coordenador de Atenção à Saúde do Homem, Celmário Brandão.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aponta o machismo como um dos determinantes sociais da saúde, visto que os homens assumem comportamentos de risco, como uso excessivo de álcool, atos violentos e hábitos alimentares prejudiciais, para se encaixarem nesse padrão. Como resultado, há prejuízo à saúde dos homens, bem como à das mulheres e crianças.
Já o resumo executivo do relatório Masculinidades e saúde na região das Américas, da Organização Mundial da Saúde, destaca que as expectativas sociais impostas aos homens — como serem provedores de suas famílias, adotarem condutas de risco, serem sexualmente dominantes e evitarem discutir suas emoções ou procurar ajuda — estão contribuindo para maiores taxas de suicídio, homicídio, vícios e acidentes de trânsito, bem como para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Serviço
Padrões de masculinidades e seus reflexos sobre a saúde na sociedade contemporânea
Data: 14 de julho de 2023
Horário: 14h
Transmissão ao vivo pelo canal do DataSUS
Programação
14h – Mesa de Abertura
- Coordenadora-geral do Departamento de Gestão do Cuidado integral, Grace Fátima de Souza Rosa;
- Coordenador de Atenção à Saúde do Homem, Celmário Brandão.
14h20 – Mesa-redonda: padrões de masculinidades e seus reflexos sobre a saúde na sociedade contemporânea
- Fernando Pessoa de Albuquerque (COSAH/DGCI/SAPS) (20 min);
- Márcia Thereza Couto (USP) (20 min);
- Benedito Medrado Dantas (UFPE) (20 min);
- Simone Souza (Ministério das Mulheres) (20 min).
15h40 – Debate: como as políticas sociais podem interferir na produção social de masculinidades saudáveis e não violentas?
16h30 – Apresentação das ações da Coordenação de Atenção à Saúde do Homem – Celmário Brandão
17h – Encerramento
Paula Bittar
Ministério da Saúde