A cobertura móvel de internet de quinta geração, o chamado 5G, completa um ano no Brasil nesta quinta-feira, 6.
Entenda
- Cobertura do 5G pode garantir uma velocidade de até 25 vezes maior do que a geração anterior;
- Expansão do sinal é essencial para que empresas possam investir em produtos novos;
- Inovações em realidade aumentada ou na chamada internet das coisas dependem da melhora do sinal no país.
“Na melhor das hipóteses 4G chega até 40 MB e já temos vários municípios brasileiros em que o 5G passa de 1 GB”, disse o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja.
Um ano depois da implementação, todas as capitais brasileiras já contam com a cobertura, que está se expandindo para cidades médias e bairros periféricos.
“A velocidade de implementação até que está maior do que era esperado pelo cronograma que tinha sido estabelecido no leilão. As capitais já têm e as cidades de médio porte também, muitas delas. E agora começamos a ver uma implementação em municípios menores”, explicou Igreja.
Expansão é o próximo passo
Apesar de todas as capitais brasileiras já contarem com o sinal, Igreja destaca que será preciso uma política mais efetiva de governos municipais para que a estrutura da rede
“O que falta ainda é uma densidade maior de antenas, mais coberturas nos bairros. Ainda se tem um número de cidades que é considerável, 30% dos municípios brasileiros, mas do outro lado ainda falta muito para que seja uma cobertura absolutamente efetiva para que as pessoas consigam usar”, explicou Igreja.
5G é essencial para inovações
Além da velocidade muito maior, a expectativa é que o 5G possa aumentar o acesso de consumidores a novos produtos e das empresas a novas tecnologias para que elas possam expandir o seu negócio.
Funcionalidades que ainda são muito caras ou demandam de um sinal muito para para funcionarem, como um uso mais massivo da Realidade Aumentada ou a chamada Internet das Coisas podem se beneficiar muito de uma cobertura 5G mais extensa.
“Para esse tipo de aplicação, uma boa qualidade de conexão é essencial. Só para citar as aplicações de realidade aumentada e realidade mista, que são muito pesadas, não tem como fazer isso com 3G e 4G. Se limitamos ao fato da pessoa estar conectada em um wi-fi de alta qualidade, acabamos podando essa possibilidade em deslocamento”, explicou Igreja.