Alvo da Polícia Federal nesta quarta-feira (5) em investigação sobre falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro nas eleições de 2022, Pablo Marçal é empresário, coach e escritor de autoajuda. Nos últimos dias, além da operação da PF, ele esteve envolto em outras polêmicas, o que se tornou comum em sua trajetória.
Nas eleições de 2022, Pablo Marçal anunciou sua candidatura pelo PROS em abril. Enquanto esteve na corrida eleitoral, esteve sempre ao redor de 1% nas pesquisas. Ele chegou a ser oficializado como candidato em convenção partidária da legenda. Contudo, com uma mudança no comando do partido, sua candidatura acabou derrubada pela Justiça Eleitoral e o PROS passou a apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já Pablo Marçal anunciou apoio a Jair Bolsonaro (PL).
Nascido em Goiânia em 1987, ele entrou em evidência como influenciador digital e palestrante. Se diz “cristão, filantropo, empreendedor imobiliário e digital, mentor, estrategista de negócios, especialista em branding e jurista por formação” e já escreveu dezenas de livros de motivação e autoajuda. Com isso, reuniu milhões de seguidores nas redes sociais.
No início do ano passado, Pablo Marçal entrou em evidência no noticiário ao lidear a subida de um grupo de pessoas ao Pico dos Marins, em Piquete (SP) em condições climáticas extremas. As 30 pessoas precisaram ser salvas pelo Corpo de Bombeiros após sofrer com rajadas de vento, perdendo barracas e suprimentos em meio a uma tempestade.
Em junho deste ano, Pablo Marçal esteve envolvido em uma série de polêmicas. Em junho surgiu a revelação de que um funcionário de uma de suas empresas morreu após um infarto em uma maratona surpresa. Depois disso, diversos relatos de assédio e práticas abusivas em seus empreendimentos vieram a público. Ele também sofreu críticas ao dizer em uma live que, como homenagem, estava colocando o nome do jovem falecido em seu melhor tênis. O irmão da vítima acusou Pablo Marçal de fazer marketing em cima da tragédia.
Além disso, um técnico morreu em um estúdio de sua propriedade, após levar um choque e cair de uma escada. A defesa de Marçal tem negado qualquer prática abusiva nas companhias e ainda não se manifestou sobre a operação da Polícia Federal.
Na disputa eleitoral de 2022, ele declarou bens que totalizam R$ 16,9 milhões. A maior parte do valor em participações societárias diversas. Ele também declarou um apartamento de R$ 100 mil, uma sala de mesmo valor e aplicações em renda fixa, ações, fundos e consórcios.