Lideranças do PDT, partido que pediu a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) na Justiça Eleitoral, se manifestaram nesta sexta-feira após o TSE formar maioria para considerar o ex-presidente inelegível.
Candidato da sigla nas últimas eleições presidenciais, Ciro Gomes disse que a Justiça foi feita e que a medida do TSE deve extinguir o “oportunismo” do governo petista, que usa a possibilidade de volta de Bolsonaro ao poder como argumento contra críticas.
“Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE , queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro”, disse Ciro Gomes.
“O que espero é que, de hoje em diante, tenhamos os brasileiros direito de cobrar de nosso governo mudanças profundas na vida política e econômica do Brasil , sem o oportunismo de a tudo termos que engolir porque senão…’Bolsonaro voltaria’”, seguiu Gomes.
Já o presidente do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que o pedido pela inelegibilidade é decorrente do “descaso com a democracia”, “desrespeito com a ciência” e “abuso de poder” que, segundo ele, o ex-presidente cometeu nos quatro anos que chefiou o Planalto.
“Milhares de pessoas morreram por causa da pandemia e ele negou a ciência o tempo todo. Senhor ex, a Terra não é quadrada. Senhor ex, a vacina cura. Senhor ex, a ciência ajuda. Senhor ex, agora ex durante muitos e muitos anos. Justiça foi feita, o PDT tem orgulho de trabalhar ao lado da Justiça brasileira”, disse Lupi.
O TSE julgou a inelegibilidade por causa de uma reunião com embaixadores, transmitida pela TV Brasil, no qual o então presidente Bolsonaro questionava o sistema eleitoral. Nesta semana, após o voto do relator Benedito Gonçalves, Bolsonaro sugeriu falta de coerência do pedetista e publicou um vídeo em que Lupi relembra uma sugestão do fundador do PDT, Leonel Brizola, para evitar fraudes eleitorais.